segunda-feira, 17 de maio de 2010

Copa do Mundo: 63% das empresas liberarão funcionários

Para os patrões, gerentes e peões...

por FinancialWeb

Das companhias que têm planos de dispensa, 55,2% aproveitarão o momento para proporcionar uma confraternização com os colaboradores
Grande parte dos jogos da Copa do Mundo, que começa no dia 11 de junho, será transmitido em horário comercial no Brasil. Uma pesquisa da empresa Curriculum avaliou como as empresas nacionais irão proceder durante os jogos. De 574 companhias ouvidas, cerca de 63,25% vão liberar seus funcionários na hora das partidas e as 36,75% restantes optaram por trabalharem normalemente.
Das companhias que têm planos de dispensa, apenas 55,2% aproveitarão o momento para proporcionar uma confraternização com os colaboradores. No entanto, 19% ainda não pensaram se vão realizar ou não algum tipo de integração entre os empregados durante a Copa.
Com relação aos dois primeiros jogos, a pesquisa mostra que, dentre as companhias que irão confraternizar, 62,4% pretendem aproveitar o momento para comemorar com os colaboradores na própria empresa, em um lugar apropriado para que todos possam estar juntos.
Para o primeiro jogo do Brasil, que acontecerá em 15 de junho, às 15:30, 34,6% dispensarão seus colaboradores uma hora antes do jogo e 86,4% irão dispensá-los também após a conclusão da partida. Quanto ao terceiro jogo do Brasil, que acontecerá no dia 25 de junho (sexta-feira), às 11:00, 53,1% pretendem voltar ao trabalho logo depois da partida. Caso o Brasil se classifique para as quartas de final, 83,8% pretendem continuar com os mesmos padrões de comportamento mantido nos jogos anteriores.
“Fizemos esta pesquisa com o intuito de inspirar outras empresas sobre o assunto, pois esses dados podem servir como referência para aquelas que ainda não pensaram sobre o assunto”, afirmou Marcelo Abrileri, presidente da Curriculum.
Ainda segundo ele, os resultados também mostram como a Copa do Mundo é importante para os brasileiros. “É um evento mundial, e como o Brasil é o País do futebol, seria oportuno que as empresas utilizassem este momento como uma forma de integração e capitalizassem positivamente em cima disso, melhorando o clima organizacional ”, concluiu o executivo.

Para administrar esse "meio-de-campo", o advogado Marcus Vinicius Mingrone, do escritório Leite, Tosto e Barros Advogados, destaca algumas alternativas:

1) Dispensar os trabalhadores para acompanhar os jogos, com posterior desconto de horas no cálculo da remuneração final;

2) Empregadores e funcionários podem firmar um acordo instituindo o regime de compensação de jornada, exclusivo para os dias de jogos. Deste modo, o período de permanência dos empregados fora do trabalho será compensado nos dias seguintes. Por exemplo, se o funcionário for liberado 3h antes do fim do expediente para acompanhar o jogo, esse tempo será acrescentado na jornada de outros dias, sempre da mesma semana (1 hora a mais durante 3 dias; ou 2h a mais em um dia e 1 em outro, para não exceder a jornada máxima diária de 10h);

3) Alguns jogos da seleção brasileira acontecerão às 11h. Nessas ocasiões, não é recomendável, nem se justifica, a liberação dos trabalhadores do restante do dia. Assim, é possível e aconselhável que as partes concordem em estabelecer o início da hora de almoço no começo da partida e o retorno após seu término. Dessa maneira, os trabalhadores irão usufruir de 2 horas de almoço -- e o excedente ao período contratualmente destinado à refeição e descanso pode ser compensado em outro dia;

4) Outro ponto a ser analisado é se a empresa vai instalar telões para os empregados assistirem aos jogos nas dependências da própria companhia, ou se vai liberá-los para assistir fora. Vale destacar que a instalação de telões (ou similares) pode ou não forçar a empresa a computar e remunerar a pausa dos funcionários, conforme estabelecido entre as partes e levando-se em conta se os empregados serão obrigados a permanecer na empresa ou se eles terão outra opção;