Depois de muita pesquisa, observei que vestido curto em festa tipo casamento é usado por pessoas estilosas, que não liga para a moda vigente, com personalidade própria, porem com o modo de vestir alternativo.
Também procurei saber de várias mulheres a respeito do tema. O de Christianne é super longo. O de Viviane “pertencia a uma defunta maior”. Quem eu perguntei vai de longo. Agora tem um porem, só fiz perguntas para nordestinas, não entrevistei nenhuma “sudestina”.
Mary lamentou o fato do casamento ser a noite, ela prefere pela manhã, pois gosta de usar chapéu. Ponderei, porque chapéu é um acessório que muitas vezes pode levar a pessoa ao ridículo, e que é coisa da realeza inglesa. Mas mesmo assim ela disse que chapéu é chic.
Fui mais além na pesquisa e observei que o estilo de Mary Dias é pós-moderno. Pós-moderno é o rompimento com aquilo que é chamado moderno. Moderno no conceito histórico é a chegada do homem do campo a cidade, da produção em massa, a chamada linha de montagem. Quando a produção é em larga escala perde-se a individualidade, a identidade.
O conceito pós-moderno surgiu entre a criação da ONU e maio de 68, com os protestos na França. Assim, quando só Mary Dias nega tudo aquilo que todas as mulheres vão usar, criando um novo conceito, excluindo-se de ser mais uma, ela transgride a conformidade, individualiza-se. Cria moda própria.
Pense num negócio complicado. Eu lá sabia que um vestido podia dizer tanta coisa.
Vou mandar um e-mail para Glorinha Kalil da Globo para ver se tenho alguma resposta.