Vou falar agora da mãe do noivo. Da mãe do noivo eu entendo. É minha mãe também. Ela é a única pessoa que vive uma contradição nesse casamento. Feliz porque o filho vai casar com uma boa moça e triste porque essa boa moça ta roubando o menino dela. A mãe do noivo não sabe se chora ou se sorri. A mãe do noivo sente o quarto da frente vazio. Não escuta mais o barulho a noite toda do noivo atacando a geladeira. O filho querido que ela nunca imaginava que um dia sairia de casa, agora levanta vôo. Mas a mãe do noivo quer que ele case, que seja feliz, que constitua uma família. A mãe do noivo gosta da noiva, mas a noiva que ela gosta ousou levar o “tronco” (apelido de George) dela. A mãe do noivo vai entregar a criança de coração partido, mas feliz.
Nesse momento lembro de Fernando Negreiros, ele defende uma tese que o sonho de toda mãe é ter um filho fresco para fazer companhia. Segundo ele Elizabeth é frustrada porque nenhum dos filhos é viado. Vejo que mamãe sofre do mesmo problema. Só resta uma esperança, Gileninho, o único que não casou ainda.