Edson me cobrou dicas de Buenos Aires. Conhecendo Edson sei que minhas dicas não servem para o que ele quer. Culturalmente só aprendi em Buenos Aires nomes de lojas. Hoje eu sei que a Empório Armani é a linha mais básica da Armani. Sei o que é um pó da MAC, antes para mim mc era o início de algum sanduíche da Mcdonald´s.
Antes quando eu me impressionava com uma coisa dizia, vixe!. Agora sei Vichy é uma marca francesa de produtos de beleza. Até no tango eu errei, fui para o Madeiro Tango, que o cantor é um papudinho igual a Maradona, em vez de ir para o Senhor Tango.
Dei tanto fora, que ao tirar uma foto de um sobrinho do estádio do Boca e receber o álbum, perguntei por que Messi não estava no álbum. Quase apanhava, Messi nunca jogou no Boca, é odiado naquela região.
Inventei uma história dizendo que as mulheres da família pegaram um taxi e disseram para o taxista:
-Grandes marcas, loja boa, marca forte.
O taxista não teve dúvidas, levou elas para a fábrica da Coca-cola.
Teve um dia que não estava mais com saco de andar em tantas lojas, estava em uma rua chamada Santa Fé, resolvi entrar na Igreja, o relógio marcava sete e quinze da noite, no dia 30, a missa começa as sete e meia. Não tive dúvidas, me confessei com o padre Eduardo Luiz, assisti a missa e comunguei. Fazia uns 20 anos que não comungava. Só fui perdoado por Deus, porque o padre não entendia português, e diferente quando o Espírito Santo desceu e fez com que os apóstolos falassem a mesma língua, dessa vez para minha sorte ele não apareceu.
Por falar em igreja fui a duas, uma na Santa Fé e outra a Catedral que é muito bonita. Fui ao zoológico, tinha serpentes, leão, jacaré, urso, tigres, uma ruma de bicho. Detesto bicho. Assisti a largado do rali Dakar. O ponto máximo foi quando uma moto de um Argentino pegou fogo, vibrei, perecia um gol da seleção. As chamas e eu pulando, vibrando com a situação