Não nasci para ser rico, é muito difícil. Levamos mais de 30 minutos para abastecer o carro de Geraldo. Colocou-se R$ 100,00 de Diesel, mas a nota fiscal com CNPJ tinha que ser de gasolina e vem o bombeiro, o gerente, é tudo muito complicado. Sou do tempo que abastecer era mais simples, coloca-se o combustível, paga ao frentista e depois vai embora.
Assim começamos nossa epopéia paraibana. Carrão de tanque cheio, todo mundo com muito bom humor, nos largamos para o principado de Bananeiras. Não ligamos nem o som, assunto foi o que não faltou. Mais que de repente chegamos em Tangará, paramos para comer “um pasteis”. Nisso Viviane já estava em Bananeiras, esperando nossa chegada.
Subimos a serra, Silvana a mais titulada explicava a Bernardo o que era latitude, longitude, linha do Equador e meridiano de “grenuite” (em lingüística o importante é se fazer entender). Chegamos foi a maior festa, Christianne emocionada queria rezar. A igreja estava fechada. Maurício e Viviane foram nos apresentar ao magnífico condomínio.
Andamos, conhecemos a cachaçaria, a piscina, o restaurante, vimos casas bonitas e outras nem tanto e acabamos chegando no terreno do casal. Para minha surpresa Silvana mudou a posição do sol em 45º, seria uma tragédia mundial um deslocamento assim tão brusco. Parece que o ar rarefeito fez mal ao juízo da nossa arquiteta. Olhou para mim e me perguntou como ela saberia do horário naquele momento, de pronto sem pestanejar, respondo que bastaria olhar para o relógio que estava em seu pulso.
Mauricio comprou o que eu chamo de beira-mar do condomínio. A casa é no alto, sem ninguém na sua frente e um vale enorme com um rio cruzando a paisagem. Cena de cartão postal. Vimos cavalos correndo descendo a serra. Em pleno meio-dia (em Bananeiras é o mesmo horário de Natal), o sol era quente e o ar gelado, sensação maravilhosa.